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Comitê Permanente de Biossegurança - CPB

Comitê Permanente de Biossegurança da UFERSA divulga informações sobre a Monkeypox

Saúde 9 de junho de 2022. Visualizações: 293. Última modificação: 27/06/2022 16:27:21

Comitê Permanente de Biossegurança da UFERSA divulga informações sobre a Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. A varíola dos macacos circula de maneira endêmica em regiões da África, sendo descritos, ocasionalmente, surtos em países fora do continente. Entretanto, foi verificado no decorrer do último mês um número crescente de casos em ao menos 12 diferentes países não africanos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA reforçou a adoção das medidas já vigentes em aeroportos e aeronaves destinadas a proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a COVID-19, mas também contra outras doenças.

Autoridades de referência como o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA) e a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido apontam que a disseminação de pessoa para pessoa é incomum e a transmissão entre humanos acontece pelo contato próximo de qualquer pessoa, independentemente do gênero, da idade e do contato sexual, com alguém infectado, principalmente com as lesões na pele (mesmo que não seja visível), secreções respiratórias (exposição próxima à tosse ou espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola) ou das membranas mucosas (olhos, nariz ou boca), assim como fômites (superfícies ou objetos contaminados), incluindo roupa de cama e toalhas.

Vale salientar que o vírus é bastante resistente, principalmente à dessecação e que a varíola dos macacos nunca foi considerada uma doença transmitida por via sexual, já que outras formas de contato são suficientes para disseminar o vírus.

A Organização Mundial da Saúde – OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Dessa forma, casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter feito tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida a orthopoxvirus.

No Brasil, o Ministério da Saúde divulgou dia 30 de maio de 2022, um informe epidemiológico sobre a situação de monkeypox no país e informou três casos suspeitos, sendo um deles no Ceará. A Secretaria da Saúde do Ceará – Sesa informou que foram aplicadas todas as medidas recomendadas como isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames, que está em processamento. Ainda segundo a Sesa, a investigação epidemiológica do caso suspeito não identificou nenhum deslocamento para áreas em que foram confirmados casos nem contato com pessoas com a doença. A principal suspeita diagnóstica é varicela. A vigilância em saúde da Sesa permanece monitorando o caso.

A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde. Historicamente, a vacinação contra a varíola comum mostrou ser protetora contra a varíola dos macacos. Embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (tecovirimat) tenham sido aprovados para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis e populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram descontinuadas. No Reino Unido, a vacina contra varíola está sendo oferecida às pessoas de maior risco.

A prevenção e a cautela para evitar a transmissão da infecção por vias respiratórias e de contato são indicadas, assim como o cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis utilizados por pessoas infectadas. Por isso, o uso de máscaras e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes e recomendados para evitar a exposição ao vírus.

Fontes: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISAInstituto Butantan e Ministério da Saúde.

Fonte: Informe da Sala de Situação Monkeypox mantida pelo Ministério da Saúde